aloe-vera (planta milagrosa )
Aloé Vera (Aloe barbadensis)
História
A Aloé Vera, é uma planta semi tropical, com uma longa e célebre história, que data dos tempos bíblicos, tem sido considerada ao longo do tempo uma planta medicinal apropriada para todas as situações. A sua utilização remonta ao antigo Egipto, encontrando-se registos da sua utilização em importantes textos ao longo de toda antiguidade. O Aloé Vera recebe também as designações de Babosa ou Aloé Barbadensis. A planta do Aloé desenvolve-se em climas tropicais temperados, não conseguindo sobreviver a temperaturas negativas. As folhas espessas, esguias e espinhosas do Aloé Vera crescem a partir de um pequeno talo junto ao chão. Não se trata de um cacto, mas sim de um membro da família das Liliáceas. A relação entre o Aloé Vera e os restantes membros da família das Liliáceas, como é o caso das cebolas, alhos e nabos, é evidentemente através das flores amarelas tubulares que surgem anualmente na Primavera e que se assemelham com os Lírios da Páscoa. Existem mais de 250 espécies diferentes de Aloés no mundo. No entanto, apenas duas delas são utilizadas com fins comerciais, sendo as conhecidas o Aloé de Barbados e o Aloé Barbadensis. A cerca da utilização medicinal da Aloé Vera; há que fazer antes de mais um reparo importante sobre as aplicações desta planta. Assim temos o sumo concentrado gel, suco concentrado e seco proveniente do látex obtido por incisões nas folhas recentes e carnudas, com um teor mínimo, 28,0% de derivados hidroxiantrocénios, expressos em aloína. Gel (gel de Aloé Vera). Suco viscoso do parênquima mucilaginoso que se encontra no interior das folhas obtidas após eliminação dos tecidos mais externos, ricos nos derivados antracénios.
Características
Família das liláceas. Suco concentrado e seco: Derivados hidroxiantrancénios referem-se como principais os c- glucósidos (aloínas A e B) e os aloinósidos A e B (aloé-emodina-antrona). Outros constituintes são os derivados cromónicos, as aloeresinas B (aloesina), A e C e os flavonóides. O gel de Aloé: Mucilagens (rico em polissacáridos heterogéneos), dos quais o mais importante é o Acemanano, mistura de polissacáridos do tipo - (1-4)-mano-o-acetilados, glucomanas neutras e com ácido glucorómico (galactoglucomananos), glicoproteínas (lectinas), aminoácidos, enzimas, sais minerais, taninos e vestígios de compostos antracénicos. Suco concentrado: Na medicina popular atribui-se propriedades terapêuticas no aumento das secreções e produção de bílis, estimuladora da secreção da mucosa intestinal e a um aumento do peristaltismo intestinal, favorecendo uma evacuação fácil com fezes moles, o que permite ao aloé ter uma acção laxativa. Beneficia alguns doentes com situações em que existem fissuras anais, e após intervenções cirúrgicas na zona anorectal. Também tem propriedades ao nível do tracto gástrico, gastrites, úlceras gastroduodenais e até do cancro. Gel de Aloé Propriedade hidratante, emolientes (acalma e diminui a dor e a inflamação), anti-inflamatória, cicatrizante, anti-bacteriana, imunomodeladora e anti-virais. O gel é ideal na aplicação de uso tópico em afecções dermatológicas diversas, como queimaduras, feridas, eczemas na fase descamativa, ictiose, psoríase, como protector solar e hidratante cutâneo em cosmética.
Propriedades medicinais
Obstipação, gastrite e úlceras gastroduodenais. Topicamente, na ictiose, pele desidratada, e outras doenças cutâneas acompanhadas de inflamação crónica da derme.
Outros nomes
Aloé Vera, Aloé Babosa (Barbadense) Miller, Aloé de Curaçau, Planta-dos-milagres, Planta-que-cura, Aloé-Caraguatá (Brasil). Sinónimos: Aloe vera (L.), Aloe ferox Miller, Aloe vera Burm.